09/06/2011

Relacionamento e as Crises


Jung diz que todo relacionamento é 50% de responsabilidade para cada uma das partes.

Um relacionamento, na verdade, é resultado do que as partes colocam nele. 

Cada pessoa contribui com sua porção para a evolução da relação e ajuda a determinar para que direção esta irá evoluir
Abri ou não abrir mão...eis a questão!

Precisamos ter claro que relacionamento é a possibilidade de trocar afeto e crescer como indivíduos, e também, onde podemos contribuir para o crescimento do outro.

E nós, como indivíduos, crescemos – querendo ou não! Só que às vezes cada um cresce em direções, setores e em ritmos diferentes e antes, se havia entendimento e projetos comuns, parece que, de repente, cada um está falando uma língua diferente. Aspiramos coisas que o(a) parceiro(a) parece não estar mais interessado(a) ou, ao contrário, o(a) parceiro(a) parece querer coisas que nem imaginávamos que pudesse desejar. Começa a parecer-nos um(a) estranho(a)! E a culpa não é de ninguém: é bom isto ficar bem claro!
E neste momento estabelece-se claramente a crise!Além de ser necessário se fazer uma recapitulação da relação, precisamos abrir mão do orgulho e do egoísmo, tanto para se ficar numa relação e mantê-la como para se cair fora dela.

Eis o paradoxo! Às vezes não abrimos mão de uma relação só por orgulho ou egoísmo, e às vezes caímos fora também pelos mesmo motivos.

Arendendo com as crises

Num momento de crise devemos então, mais do que nunca, recapitular o que vivemos dentro desta relação – todas as felicidades e frustrações aí vivenciadas – e pesar os prós e os contras da possibilidade ou não da manutenção da dita cuja.
Ao se fazer esta recapitulação é necessário assumir a responsabilidade sobre a nossa parte do que foi vivido conjuntamente, seja do bom ou do ruim.

É muito importante nesta análise dividir didaticamente a situação em três instâncias: eu, o outro e a relação: Como eu me desenvolvi como pessoa neste tempo que vivi esta relação e qual foi a minha contribuição para o desenvolvimento da mesma? Como o outro se desenvolveu como pessoa neste tempo que viveu este relacionamento e qual foi contribuição dele para o desenvolvimento da mesma? E, por último, mas não menos importante, como a relação, propriamente dita, se desenvolveu enquanto vocês estiveram juntos e como esta relação contribuiu para o crescimento de ambos enquanto indivíduos?

Quais eram minhas crenças e necessidades quando do início deste relacionamento? Quais eram as crenças e necessidades do outro quando do início este relacionamento? O relacionamento se desenvolveu em que direção: das minhas crenças e necessidades ou das do outro? Por que?

Esta avaliação é importante, não para se ter argumentos um contra o outro, mas para que possamos ter claro quais eram nossas expectativas nesta relação – atualmente em crise – e se elas foram supridas ou não, para ambos. 

Não é nas glória que há  a felicidade, o crescimento, a aprendizagem e  a evolução.

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